Um queijo frescal capaz de reduzir inflamações intestinais foi desenvolvido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A bactéria probiótica L. lactis NCDO 2118 foi acrescido ao alimento funcional, capaz de diminuir o desconforto também em pessoas com baixa tolerância à lactose.
“Várias vitaminas foram associadas a esta bactéria que faz bem ao organismo. São boas para nós. Associadas a este alimento vivo, que é o queijo, ajudam a combater estas inflamações”, disse o coordenador do Laboratório de Genética Celular e Molecular (LGCM) do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), professor Vasco Azevedo.
Ele orientou a pesquisa de doutorado conduzida pela bióloga e analista de Propriedade Intelectual da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT), Bárbara Cordeiro.
O queijo trata e previne a colite ulcerativa, doença inflamatória do intestino grosso. A pesquisa foi feita em camundongos que tinham os sintomas. O queijo foi capaz de melhorar a saúde dos animais. A ideia é que o paciente em crise consuma o produto para aliviar os sintomas.
O estudo foi considerado o melhor trabalho de doutorado de 2021 no âmbito do Programa de Pós-graduação em Inovação Tecnológica (PPGIT) da UFMG. Ele também concorre ao Prêmio Capes de Teses e ao Grande Prêmio UFMG de Teses de 2022.
A expectativa agora é que o queijo ganhe as prateleiras. Ele já foi patenteado e aguarda empresas interessadas.
“Agora nós esperamos que o produto vá para o mercado. O objetivo é que possamos fazer acordos com a iniciativa privada, com as empresas, para levar este queijo até as pessoas”, defendeu Vasco.